Previsão Orçamentária Municipal em Goiás: Uma Análise da Acurácia e seus Determinantes

André Henrique Sousa Barros; José Matias-Pereira

doi:10.51341/cgg.v28iesp.3351

Autores

André Henrique Sousa Barros UNB / Doutorando https://orcid.org/0000-0002-1221-7296
José Matias-Pereira UNIVERSIDADE DE BRASILIA - UNB / Professor https://orcid.org/0000-0001-6320-026X

DOI:

https://doi.org/10.51341/cgg.v28iesp.3351

Palavras-chave:

Previsão, Receita orçamentária; , Municipios

Resumo

Objetivo: Analisar a acurácia das previsões de receitas orçamentárias e sua relação com fatores demográficos nos municípios de Goiás.

Método: Foi utilizada a técnica de regressão de dados em painel balanceado, estimando os efeitos fixos e aleatórios das variáveis independentes referente as características demográficas observadas. Para medir o nível de assertividade foi utilizado o Índice de Acerto na Estimação das receitas (IAER) como variável dependente, sendo construído dois modelos de regressão contendo as variáveis independentes de População (Pop_ln), Extensão Territorial (Area_km²), PIB per capita (Pib_capita), e Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM), a fim de averiguar a existência de significância desses elementos na assertividade das previsões.

Resultados: Identificou-se que, durante o período estudado, cerca de 40% dos municípios apresentaram discrepâncias superiores a 20% entre os valores previstos e os efetivamente arrecadados. Os testes indicaram que a variável população não apresentou relevância estatística para a eficiência das previsões, enquanto o PIB per capita, a extensão territorial e o IDM mostraram-se estatisticamente significativos, sendo, portanto, fatores influentes nas previsões realizadas. Como teste de robustez, aplicou-se o processo stepwise, excluindo-se a variável 'população' do segundo modelo de regressão proposto. Os resultados indicaram que as demais variáveis mantiveram sua significância estatística.

Originalidade/Relevância: O estudo traz como relevância a observação dos fatores relacionados superestimação ou subestimação das receitas orçamentárias, uma vez que tanto os dispositivos normativos quanto os estudos científicos têm se concentrado nas fases de planejamento, execução e controle, sem considerar a fase da previsão como parte integrante desse processo.

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